Ao longo da primeira década deste século, a UFMG incentivou políticas de ações afirmativas para minimizar as desigualdades no acesso da população negra ao ensino superior. Em 2009, implementou a política de bônus, além de exigir uma autodeclaração r acial. Porém, a partir de 2017, emergiram denúncias de fraudes, evidenciando uma incompatibilidade entre o modo como os candidatos se veem (autodeclaração) e o modo como os demais estudantes, de modo particular os negros, os enxergam (heteroidentific ação).Como resultado desse movimento, a UFMG criou mecanismos complementares: os procedimentos de heteroidentificação racial fundamentais no debate sobre as identidades raciais do brasileiro e do Brasil. Em um país onde se declarar, ou ser identific ado como negro sempre foi visto como algo negativo, tal prática introduz duas perguntas inéditas: “Quem quer se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?” e “Quem pode se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?”
Código: |
9786559280384 |
EAN: |
9786559280384 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
0,60 |
Especificação |
Autor |
Ednilson De Jesus, Rodrigo |
Editora |
AUTENTICA |
Ano Edição |
2021 |
Número Edição |
1 |