Para coibir a prática de charlatanismo por parte dos terapeutas, o Estado francês resolveu reagir, com o que ficou conhecido como "emenda Accoyer" à Constituição. Numa "parceria" polêmica, cabe agora às instituições PSI - que abrigam psiquiatras, psi canalistas, psicólogos e psicoterapeutas - informar ao Estado quais os profissionais legalmente habilitados a exercer o ofício. Mas o que é um charlatão e por que um Estado deveria se arvorar a saber quem tem e quem não tem direito de se ocupar do so frimento da alma? Partindo desse ponto, Elisabeth Roudinesco coloca em pauta temas cruciais tanto para o universo PSI quanto para a cultura contemporânea. Seja na defesa intransigente de princípios como a "laicidade" da psicanálise, seja na investida inflexível contra a "medicalização" da saúde mental ou as "avaliações técnicas" em voga nos círculos acadêmicos (idem no Brasil), a autora se pergunta: Quem seria responsável por avalizar os profissionais? Indicado por quem? De que formação ou tendê ncia? O alinhamento da psicanálise a outras formas de tratamento seria uma atitude científica, ou mesmo sensata? Embora parta de um fato político localizado e de uma preocupação supostamente restrita às profissões PSI, esse livro ultrapassa essas fro nteiras, penetrando em território bem mais amplo: a discussão do papel do Estado no mundo globalizado.
Código: |
9788571108295 |
EAN: |
9788571108295 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
0,80 |
Especificação |
Autor |
Roudinesco, Elisabeth |
Editora |
ZAHAR |
Ano Edição |
2005 |
Número Edição |
1 |