Que toda realidade seja concebida como processo em curso que depende de uma relação de interação que todo real nunca seja analisável como entidade individual, mas como relação que na origem de todo fenômeno haja, consequentemente, não uma, mas duas instâncias funcionando correlativamente (yin/yang, Terra/Céu, paisagem/emoção...), essa é a representação de base da cultura chinesa, cujas implicações podemos entender pela leitura de Wang Fuzhi (1619-1692). Ou seja, uma regulação ininterrupta do c urso (tanto do mundo como da consciência), um vaivém do visível e do invisível em uma correlação essencial, uma afirmação dos valores que, sendo da ordem da natureza, não conduz a uma ruptura dualista ou a um “ser” metafísico. A leitura de François J ullien se diz problemática porque propõe entre “processo” e “criação” (como é entendida no Ocidente) uma alternativa que nos permite apreender o traço singular adquirido por um contexto de civilização, que foi assimilado como evidência e serve de for ma (inconsciente) de racionalidade. Um modo também de redescobrir os partis pris ocultos em nosso próprio cogito.
Código: |
9788539307791 |
EAN: |
9788539307791 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
13,70 |
Espessura (cm): |
2,10 |
Especificação |
Autor |
Jullien, François |
Editora |
UNESP |
Ano Edição |
2018 |
Número Edição |
1 |