• Meus Seios

Meus Seios

  • Disponibilidade: Disponível
  • R$54,00



Este livro do Zé Rodrigo amadureceu nos últimos 20 anos. Foi meu privilégio acompanhar de perto, passo a passo essa maturação. Desde o adolescente, leitor voraz e movido pelo sopro interior da poesia, até o homem feito de hoje, ainda jovem, pesquisad or e estudioso completo de filosofia, direito, estética e literatura.

Meus seios, com seu título enigmático e irônico, e talvez também agônico, é uma expressão poética que engendra e percorre os grandes impasses da lírica na modernidade capitalist a, e nesta periferia de quase todos os pecados. O eu lírico mergulha nas conexões que constituem o sujeito problemático (que já não pode ser herói), percebido sempre instável e o social que ataca e corrói. Também presentes os fantasmas dos tempos – e do tempo – com dimensões de horror e morte, e tudo em busca de palavras poéticas ou antipoéticas, que se estranham na interioridade e na voz do sujeito.

“E daí a idéia de antinomia/ residir na mesma frase/ debatendo-se antes do som/ ou formação d a memória,/ um pé em cada margem do rio/ sínodo/ de uma idade em resumo/ sempiterna desrazão”. Esses versos ressoam a poderosa observação de Walter Benjamin sobre a astúcia poética do fundador da poesia moderna, o poeta francês Charles Baudelaire. E não ressoam por acaso, porque Zé Rodrigo leu ambos e leu também, e muito bem, os grandes da poesia moderna no Brasil e alhures. E isso está em sua poesia, como o leitor poderá constatar.

O livro está organizado, com rigor, em 4 partes: a primeira uma espécie de acerto de contas (também baudelairiano) com o leitor de poesia, que por sua vez parodia implacavelmente as ditas “artes poéticas” de velha tradição. A segunda parte são as “naus da iniciação”, percurso tenso e problemático da viagem a ser encetada juntamente com o leitor, mas também com os não-leitores. É um início com o tratamento e o desarmamento da inumerável fragmentação, que, atualmente, nos tortura e aliena. E ainda com espaços ambíguos para homenagens.

A terceira parte, “transforma-se o amador na coisa amada”, retoma lírica e parodicamente o célebre soneto camoniano, mas só no título, porque essa parte se constitui na tradução livre de um texto de Paul Valéry, a todos os títulos uma discussão fundamental do fazer po ético, da poesia na modernidade e das situações do poeta. A quarta parte: “A cidade e seus mortos” temos um Zé Rodrigo mais pessoal, embora sempre social, imerso em problemas de ampla gama, da vida e da morte, da solidão, do sexo tenso e de algum des

Código: 9788586372872
EAN: 9788586372872
Peso (kg): 0,000
Altura (cm): 18,00
Largura (cm): 12,00
Espessura (cm): 1,50
Especificação
Autor Rodrigo, Rodriguez
Editora NANKIN EDITORIAL
Ano Edição 2005
Número Edição 1

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