É o homem que ainda guarda o olho de vidro do avô, mas é o menino que percorre com o leitor os caminhos de Bom Destino, cidade pequena e plana, cansada de tanta paz, em que o tempo parece escorrer mansamente. O avô reina misterioso - com o olho direito, via o sol, a luz, o futuro, o meio-dia, e, com o olho esquerdo, via a lua, o escuro, o passado, a meia-noite. O neto fascinado embrenha-se no mistério como quem não vê, que é o jeito de menino ver. O avô usa um olho de vidro. Como isso aconteceu, não se sabe - parece que o olho de vidro não existe se não se fala dele, mas para o menino, curioso e imaginativo, o olho de vidro provocava atração e receio. Aos poucos, o leitor pode recolher aqui e ali fragmentos da história do avô - ele receitava remédios homeopáticos, tinha sete filhos, um outro amor. Nesse livro, o autor percorre, mais uma vez, os labirintos da memória, principalmente a memória da infância a qual Santo Agostinho, no trecho escolhido como epígrafe, afirma já não existir no presente, mas existir no passado que já não é.
Código: |
9788516041922 |
EAN: |
9788516041922 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
22,80 |
Largura (cm): |
15,40 |
Espessura (cm): |
1,40 |
Especificação |
Autor |
Queiros, Bartolomeu Campos De |
Editora |
MODERNA DIDATICO |