“Não há livro ali dentro” dizia, em 1869, um crítico sobre A educação sentimental. As ficções emblemáticas da modernidade literária destroem o que era o próprio princípio da ficção desde Aristóteles: o encadeamento de ações segundo a necessidade ou a verossimilhança. Mas essa mesma racionalidade causal, que se opunha à simples sucessão das coisas, exprimia ela mesma a excelência da forma de vida de uma categoria privilegiada de humanos. Recusando essa estrutura de racionalidade, a nova ficção er a testemunho de uma mudança radical que subvertia a hierarquia das formas de vida. Mas ela também recusava um modelo da ação e uma imagem do pensamento. Através de Flaubert, Conrad, Virginia Woolf, Keats, Baudelaire e Büchner, este livro estuda as fo rmas e paradoxos dessa revolução da escrita, que é também uma revolução no pensamento e coloca novamente em questão algumas interpretações da modernidade literária, como a reificação de Lukács, o efeito de real de Barthes ou a análise benjaminiana do “poeta lírico no apogeu do capitalismo”.
Código: |
9788580633153 |
EAN: |
9788580633153 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
20,80 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
Jacques, Rancière |
Editora |
MARTINS FONTES |
Ano Edição |
2017 |
Número Edição |
1 |