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Mindscapes

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  Laura Riding é a primeira poeta norte-americana a ter concedido ao poema o valor e a dignidade de uma luta. Voltado sobre si mesmo, desafiando o seu próprio direito de existir, o poema, em suas mãos, torna-se ato em vez de objeto, transparênci a em vez de coisa. PAUL AUSTER     O que vejo, lendo na linha, literalmente, é que Riding está sempre buscando e chegando, ponto por ponto, a uma estação além da que denominaríamos de senso comum. WILLIAM CARLOS WILLIAMS     Em se us correlativos subjetivos, sua resistência em ser canonizada como "literária", sua textualidade diamantina, seu estilo geralmente não-alusivo e não-representacional, e seu impulso em direção a um absoluto poético individualista, Riding faz parte de uma linhagem modernista marcadamente diferente dos modernismos mais conhecidos de escritores como T. S. Eliot, Robert Frost, William Butler Yeats e mesmo Marianne Moore. Em vez disso, o modernismo de Riding opera no contexto de intelectos sensórios i ntensos como Gertrude Stein e Mina Loy, e observadores do mundo fragmentado como Louis Zukofsky e George Oppen. LISA SAMUELS     Neste século não existe nenhum outro poeta norte-americano que tenha criado uma obra que reflita com mais profu ndidade os conflitos inerentes entre o dizer da verdade e o artificio inevitável da poesia. CHARLES BERNSTEIN     LAURA RIDING (1901-1991) é um dos nomes mais fascinantes e paradoxais da poesia contemporânea. Poucos autores levaram a tal ex tremo, e com tal coerência de propósitos, a poesia como forma máxima de conhecimento do mundo e de si: "Quais as razões da poesia  ?  as razões para escrever poemas, e para ler poemas? A resposta da física seria: uma compulsão tremenda de sup erar uma tremenda inércia", ela escreveu.   Hoje quase esquecida, Riding esteve na vanguarda do modernismo dos anos 20 e 30, seja como autora de poemas desafiadores ou como pensadora, narradora e crítica. Importante mencionar a influência que su a obra teve no pós-modernismo de John Ashbery e na poesia de Paul Auster, em ficcionistas como Kathy Acker e na "Language poetry" norte-americana.   Polêmica e brilhante, e com uma ética estética extremista, Riding acabou se tornando mais (in) f amosa por ter abandonado a poesia no auge da sua carreira. Sua renúncia já está de certo modo implícita nos belos e atordoantes poemas que escreveu. Está na base da poética rigorosa e inflexível que estabeleceu como meta: fazer de cada poema "uma per

Código: 9788573212181
EAN: 9788573212181
Peso (kg): 0,000
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 1,40
Especificação
Autor Riding, Laura
Editora ILUMINURAS
Ano Edição 2000
Número Edição 1

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