A prática médica esteve, durante séculos, alicerçada na arte de ouvir e examinar o homem doente, como fundamento único da terapêutica aconselhada.
A extremamente limitada eficácia da terapêutica medicamentosa, a escassez dos meios auxiliares de dia gnóstico, a limitada capacidade da cirurgia, condicionavam um comportamento médico baseado essencialmente no exame e interrogatório apertados, num conhecimento cada vez, maior do doente, para melhor saber apoiá-lo na "travessia" da doença.
O médico curava pela sua simples presença.
A progressiva passagem da arte médica para a ciência médica, possível pelo enorme desenvolvimento das tecnologias, das ciências biológicas, das terapêuticas médicas eficazes, das cirurgias cada vez mais seguras, p rovocou, sobretudo desde os meados do Séc. XX, uma diminuição da importância diagnostica desta prática de ouvir e examinar, a favor da utilização de toda uma parafernália de ''''''''''''''''métodos auxiliares de diagnóstico ".
A medicina clinica tornou-se, assim, muito mais eficaz, mas, também, mais distante do seu doente, esquecida tantas vezes que a doença faz sempre parte do ser humano que a sofre.
Passou a ser "científica" e a desenvolver-se num universo tão próprio e estranho, que só os iniciad os conheciam a sua linguagem e os seus sinais.
Código: |
9789724019390 |
EAN: |
9789724019390 |
Peso (kg): |
1,000 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
2,80 |
Especificação |
Autor |
Hélder, Machado |
Editora |
ALMEDINA |
Ano Edição |
2003 |
Número Edição |
1 |