O Prédio, O Tédio E O Menino Cego

Eleito em 2007 um dos autores jovens mais importantes da América Latina no Hay Festival em Bogotá, Santiago Nazarian é dono de um humor ácido. Autor de quatro livros, já teve suas obras publicadas em vários países da Europa e da América Latina. Em se u quinto romance, O PRÉDIO, O TÉDIO E O MENINO CEGO, o escritor relata a passagem da infância para adolescência de amigos que vivem no mesmo edifício, com pitadas de suspense e boa dose de lirismo. Sete meninos moram num prédio de frente para o mar, um prédio inclinado, prestes a desabar, assim como suas vidas, na dura passagem para a adolescência. Os pais estão sempre longe. A escola está sempre em greve. O ócio e o tédio começam a propor perigosas possibilidades de mudança. Quando uma jovem pr ofessora se muda para a vizinhança, coisas ainda mais estranhas começam a acontecer. Ela se revela uma infanticida serial, e os garotos têm de enfrentar suas próprias masculinidades, descobrindo que, para nascer o homem, muitas vezes é preciso matar o menino. Através de personagens góticos, andróginos e atletas, Santiago Nazarian aborda juventude e maturidade como dois sintomas da mesma doença. Assassinato, prostituição, inseticida e cocaína são os medicamentos, ainda que contra-indicados. Com i lustrações de Alexandre Matos, O PRÉDIO, O TÉDIO E O MENINO CEGO é um livro de descobertas nefastas. É literatura que quebra vidraças, destrói famílias e desperta zumbis.