Paulinho Da Viola

Um artesão das palavras. Um mestre na criação de melodias, harmonias e letras. Nascido em berço musical, Paulo César conviveu, desde menino, com o choro e o samba. Numa manhã, de 1964, o tímido Paulinho chegou à Portela e começou a freqüentar os redutos do samba e um lugar muito especial - o Zicartola, um bar onde se reuniram, para tocar e conversar, as figuras mais importantes da música carioca. E foi lá que Zé Kéti, grande portelense batizou Paulo César Baptista de Faria de Paulinho da Viola. Aos 24 anos, finalmente, o compositor largou o emprego no banco e passou a se dedicar exclusivamente à música. Ele fez samba com parceiros e amigos de muito talento - os poetas Sergio Natureza, Ferreira Gullar, Candeia, Martinho da Vila e Elton Medeiros. Foi com a música ´Sinal Fechado´, em 1969, que Paulinho arrebatou o seu primeiro prêmio no último festival da Record. Grande referência na história da música brasileira, Paulinho da Viola selou seu brilhantismo no universo da música com dois LPs o Memória cantando e o Memória chorando, dois momentos únicos do samba e do choro, ritmos que ele incentivou e defendeu como poucos. Em 1992, recebeu o Prêmio Shell pelo conjunto de sua obra, mas emoção mesmo, teve no carnaval de 1995 quando, depois de 17 anos, desfilou novamente na escola do seu coração, a Portela.