Num diálogo livre com a reflexão de Hannah Arendt, Lafer examina o alcance de tragédias como o nazismo e o stalinismo, identificando a ruptura da tradição dos direitos humanos como marco do surgimento dos regimes totalitários. Na tradição ocidental, o ser humano sempre foi tido como um valor ético fundamental, e, a partir do século XVIII, as Declarações de Direito passaram a indicar a maneira pela qual a sua proteção jurídica iria afirmar-se politicamente como o critério de justiça e legitimida de. Daí a idéia do aperfeiçoamento da convivência social por meio da expansão dos direitos humanos - um dos legados da modernidade, tanto na sua vertente liberal quanto na sua vertente socialista. Como se explica, então, a descartabilidade do ser hum ano posta em prática pelos regimes totalitários que surgiram no século XX, que assim corporificam uma ruptura com a tradição e as esperanças da modernidade? Por que também hoje, depois da derrocada do nazismo e da rejeição do stalinismo, continuam a persistir situações de todo tipo que não deixam as pessoas à vontade e em casa num mundo que lhes deveria ser comum? Essa é a temática deste livro de Celso Lafer, que, num diálogo livre com a reflexão de Hannah Arendt, examina, na primeira parte, o a lcance das descontinuidades geradas pela modernidade, propondo, na segunda, caminhos para a reconstrução dos direitos humanos."Não é freqüente um estudo tão denso e profundo quanto este, que marca o ponto alto de uma carreira intelectual construída c om rara eficácia, graças à tenacidade com que Celso Lafer se aplicou à aquisição do saber e à capacidade com que sempre desenvolveu a reflexão." — Antonio Candido Prêmio Jabuti 1989 de Melhor Ensaio e Biografia.
Código: |
9788571640115 |
EAN: |
9788571640115 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
2,20 |
Especificação |
Autor |
Lafer, Celso |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
1988 |
Número Edição |
1 |