György Lukács é um dos maiores expoentes do pensamento humanista do século XX e Para uma ontologia do ser social é a mais complexa sistematização filosófica de seu tempo. Considerada uma das mais importantes obras do filósofo húngaro, concebida no cu rso dos anos 1960, a Ontologia (como se tornou conhecida) significa o salto daquela intuída à ontologia filosoficamente fundamentada nas categorias mais essenciais que regem a vida do ser social, bem como nas estruturas da vida cotidiana dos homens.O primeiro volume de um dos centrais projetos editoriais da Boitempo, acalentado por mais de uma década, finalmente chega às livrarias brasileiras com primorosa apresentação de José Paulo Netto e tradução direta do alemão por Mario Duayer e Nélio Schn eider, acrescida da tradução de Carlos Nelson Coutinho, introdutor de Lukács no Brasil e profundo conhecedor de sua obra, baseada na edição italiana. O texto contou também com uma minuciosa revisão técnica de Ronaldo Vielmi Fortes, auxiliado por Este r Vaisman e Elcemir Paço Cunha.A tomada de posição ontológica marxiana tem início nos anos 1930, quando o filósofo segue da Hungria para Moscou. No Instituto Marx-Engels-Lenin faz um mergulho definitivo nos Manuscritos econômico-filosóficos do jovem Marx. Mas, se a guinada ontológica de Lukács acontece ainda na juventude, marcando todos os seus escritos dos quarenta anos seguintes, é na maturidade, nos anos de 1950, que lhe ocorre a necessidade de desenvolver uma sistematização categorial das re flexões que vinha fazendo sobre arte e literatura. Retira-se então da vida política para dedicar-se à elaboração dos volumes que compõem a Estética.Sua finalização aponta para o projeto de uma Ética antes, porém, era preciso definir o sujeito capaz de assumir um comportamento verdadeiramente ético. Vêm daí as motivações que impeliram Lukács a trabalhar tão arduamente, ao longo de toda a década de 1960, nos manuscritos de Para uma ontologia do ser social.Segundo o pesquisador romeno Nicolas Tert ulian, Lukács tinha perfeita consciência do extremo empobrecimento sofrido pelo pensamento marxista durante a época staliniana. ''Desse modo, Para uma ontologia do ser social representa um gigantesco esforço para examinar, passo a passo, as categoria s fundamentais do pensamento marxiano, a fim de restituir-lhe a densidade e a substancialidade'', afirma na introdução dos Prolegômenos. Obra de síntese, Para uma ontologia do ser social pretende precisar os pontos do debate que agitaram o pensamento
Código: |
9788575596395 |
EAN: |
9788575596395 |
Peso (kg): |
1,000 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
2,50 |
Especificação |
Autor |
GYÖRGY, LUKÁCS |
Editora |
BOITEMPO |
Ano Edição |
2018 |
Número Edição |
2 |