• A HORA FUTURISTA QUE PASSOU: E OUTROS ESCRITOS

A HORA FUTURISTA QUE PASSOU: E OUTROS ESCRITOS

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Alfredo Mário Guastini foi um polemista. Um provocador do jornalismo cultural do seu tempo, a década de 1920. Uma época de grande movimentação artística, com os ecos das vanguardas europeias no Brasil. Infelizmente, para Guastini, do lado contrário a o dele na arena estavam Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Menotti del Picchia, Paulo Prado, entre outros.Enquanto artistas e intelectuais faziam a revolução modernista na cultura brasileira, abrindo campo para inov ações formais, temas brasileiros e outros antes tidos como de ''mau gosto'', Guastini, sob o pseudônimo Stiunirio Gama, encarnava a reação dos valores do belo, do lírico, do ''bem-feito'', sem esconder certa carga de reação política conservadora dian te das ideias ''bolchevistas'' da Semana de 22, a qual se referia sempre como a ''semana teratológica'', cujos autores, na sua opinião, queriam ''fugir'' da sintaxe, do desenho e da anatomia.A Coleção Pauliceia reúne seus principais textos no livro A hora futurista que passou e outros escritos para recuperar uma importante parte da história do modernismo no Brasil: seus ferrenhos opositores.Usando do humor e de seu texto hábil como arma, irônico e mordaz Guastini atira petardos contra as novidad es do futurismo e da antropofagia de Oswald de Andrade. Iniciativas que trata como piadas literárias, brincadeiras na qual embarcam seus seguidores ingênuos. ''Na vida o reclame é tudo, e Oswald tem vivido, aliás inteligentemente, pelo reclame. Tão i nteligentemente que até eu, que lhe conheço as manhas, estou aqui a bater caixa aos seus movimentos...'', comenta.O mesmo diz de Lasar Segall, cuja exposição compara com o manicômio do Juqueri: ''Não decifrei, não pude decifrar, não decifrarei nunca as heresias que as brochas bolchevistas do sr. Segall esparramaram na tela. Mas decifrei o seu sorriso... [...] O sorriso de Segall, pois, é sorriso de escárnio.''Guastini mete-se em polêmicas e debates com Paulo Prado, Menotti del Picchia, entre out ros. Classifica todas as vanguardas como ''futuristas'' e coloca-se ao lado dos ''equilibrados'', contra os disparates. Tudo contra o modernismo. E, para Guastini, quem ele admirava e elogiava, como Victor Brecheret e Antonio de Alcântara Machado, co nsiderando-os bons, era justamente por não serem modernistas.O livro tem passagens como as conferências em São Paulo de Filippo Tommaso Marinetti, o poeta italiano fundador do futurismo, nas quais, em sua primeira tentativa de falar, o italiano fora

Código: 9788575590744
EAN: 9788575590744
Peso (kg): 0,000
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 1,00
Especificação
Autor MÁRIO, GUASTINI
Editora BOITEMPO
Ano Edição 2006
Número Edição 1

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