“Outro qualquer me classificaria como ‘piranha’, aquele peixe que come tudo que cai na água... Eu estava na idade de provar a carne, identificar os cheiros. Eu queria conhecer a América confusa, feita de restos de escravos e entorpecida de drogas var iadas, vindas de todo o mundo para serem distribuídas ali. Ao sul, ao norte, do oriente e do ocidente chegam substâncias químicas ou naturais que a rapaziada consome e não há como segurar...” É proibido proibir! Sejam realistas, exijam o impossível! Com esses slogans, estudantes franceses davam o pontapé inicial em uma revolução de idéias que mudaria o mundo. Alguns filósofos e historiadores consideram este o acontecimento mais significativo do século XX. Uma rebelião que superou barreiras étnic as, culturais, de idade e de classe. Em 68 (MEIA OITO), personagens de diferentes países e interesses vivem no interior do incêndio social. Jovens de pontos variados da terra, colocam de lado os preconceitos e jogam a imaginação na linha de frente. E scrito a quatro mãos, pelo paulistano Flavio Braga e o baiano Luis Daltro, o romance segue a linha de 1919, de John dos Passos, um vigoroso e arrebatador panorama da América do início do século XX. No mesmo estilo, 68 (MEIA OITO) explora o desencanto de intelectuais com o capitalismo e as disputas políticas entre democratas, fascistas e esquerdistas de vários matizes. Mas fala também de inquietações culturais, de pequenas conspirações e de solidariedade. No livro, esses dois autores de diferente s épocas constroem um diálogo entre a geração que participou diretamente do Maio de 68 e a atual. Será que alguma parte de 1968 ainda respira, atua e vive em 2008? A França e o mundo mudaram muito: o Muro de Berlim e as torres gêmeas de Manhattan for am abaixo, a Guerra Fria terminou, as guerras quentes do pós-comunismo ocuparam seu lugar, um terrorismo niilista ameaça todos os quadrantes, a aids açoita o planeta, a Europa democrática está em parte reunificada, o aquecimento traz drásticas mudanç as climáticas. 68 (MEIA OITO) faz um balanço dessas mudanças. Quarenta anos depois, ainda vivemos num mundo hipócrita e injusto, mas os predadores daqueles dias tiveram seus nomes varridos da memória coletiva enquanto os filósofos, escritores e artis tas de todos os segmentos deixaram a sua marca.
Código: |
9788501084422 |
EAN: |
9788501084422 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
-1,00 |
Largura (cm): |
-1,00 |
Espessura (cm): |
-1,00 |
Especificação |
Autor |
Braga, Flavio |
Editora |
RECORD |
Ano Edição |
2008 |
Número Edição |
1 |