Na Idade Média, acreditava-se que a loucura era consequência do crescimento de saliências ou tumores que se projetavam da testa: dois chifres retorcidos, talvez, expressando o inferno interior da loucura. Foi um tema recorrente na literatura da época , bem como inspiração de artistas que procuravam compreender a loucura através daquela imagem inquietante. Não por acaso, pintores como El Bosco, Van Hemesen e Bruegel se inspiraram na estranha metáfora, tentando compreender através dela aquela escur idão meridiana que habita a mente humana. Alejandra Pizarnik igualmente sonhou com a pedra da loucura para construir a imagem de sua dor. Provavelmente por isso, “A extração da pedra da loucura” (1968) é sua obra emblemática. A palavra como uma visã o do eu que se oculta, que se bate e se perpetua, e também se despedaça, abrindo-se em dois lados sem nome que nunca se encontram. Uma ideia quase destrutiva, mas ao mesmo tempo perfeitamente compreensível para uma autora que, durante a maior parte d a vida, contornou os limites da angústia e se valeu dela para criar. [O livro traz prefácio de Nina Rizzi e posfácio do tradutor Davis Diniz]
Código: |
9786589889229 |
EAN: |
9786589889229 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
20,50 |
Largura (cm): |
13,00 |
Espessura (cm): |
1,20 |
Especificação |
Autor |
Pizarnik, Alejandra |
Editora |
EDITORA RELICARIO |
Ano Edição |
2022 |
Número Edição |
1 |