Este trabalho objetiva definir o que significou o fragmento literário para o pensamento filosófico e teórico do Primeiro Romantismo Alemão, como o mesmo fragmento configurou-se numa forma original de expressão e de que maneira ele se aproxima da poie sis, apagando os limites entre criação artística e reflexão teórica. Com os primeiros românticos, sobretudo Novalis e Schlegel, a ideia de crítica literária perderá muito de sua característica judicativa, isto é, uma obra de arte já não deveria ser e ntendida, analisada ou julgada por um conjunto de valores predefinidos, fundamentados no gosto ou nas normas vigentes nos mais diferentes tratados estéticos de composição. Assim, notadamente em Novalis, surge o fragmento literário, uma espécie de est rutura aforística, que encontra sua forma na herança do pensamento filosófico greco-latino, sobretudo, nas grandes ruínas textuais do pensamento pré-socrático. Mediante o fragmento literário, Novalis revê o ideal de crítica com base em uma linguagem criadora: a poiesis original, que se amalgama à linguagem teórica e potencializa os sentidos da crítica, que passa a atentar para a estrutura e as características singulares de cada obra, e não mais se permite guiar por um conceitual padronizado, pre fixado, com suas normas, postulados e regras gerais.
Código: |
9788539300242 |
EAN: |
9788539300242 |
Peso (kg): |
0,000 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
13,70 |
Espessura (cm): |
0,90 |
Especificação |
Autor |
Scheel, Márcio |
Editora |
UNESP |
Ano Edição |
2010 |
Número Edição |
1 |