Nas páginas deste livro, Saint-Yves D’Alveydre faz uma análise profunda do Arqueômetro, um instrumento pelo qual as relações das letras e das cores são determinadas cientificamente. O Arqueômetro, como instrumento, é um círculo dividido em zonas conc êntricas e em triângulos móveis, uns relativamente aos outros, no qual as letras hebraicas, árabes, sânscritas, assim como uma misteriosa vattan, juntamente com os signos zodiacais e planetários, cores e notas musicais, formam um número infinito de c ombinações.
Por meio desse instrumento de correspondência, arquitetos podem elaborar formas a partir de um nome, de uma cor ou de uma ideia ao poeta é possível estabelecer relações entre as letras e as cores, exprimindo o ideal perfeito da humanida de. Como diria o próprio autor, o Arqueômetro é uma síntese concreta de todos os conhecimentos da humanidade.
A obra trata, ainda, de Sinarquia, um programa de ação e renovação política da realidade social destaca-se também a referência de Saint-Yv es a Agharta, a cidade escondida, na qual, desde tempos imemoriais, os iniciados da Padesa detêm e perpetuam conhecimentos extraordinários.
Este é um trabalho dedicado aos estudiosos das antigas tradições.
Joseph-Alexandre Saint-Yves nasceu em 26 de março de 1842, em Paris. Sua infância foi infeliz, em virtude de conflitos com seu pai, que decide matriculá-lo, aos 13 anos, na Colônia de Metrray, uma escola correcional criada por um conselheiro do Tribunal de Instância de Paris, Fréderic-Augu st Demetz. Este se tornou, para Saint-Yves, seu pai espiritual. De volta ao lar, sem melhora no relacionamento com o pai, este obriga o filho a se alistar na Infantaria da Marinha.
Graças à intervenção de Demetz, Saint-Yves tem a permissão paterna para prosseguir seus estudos na Escola de Medicina Naval de Brest, na qual permaneceu por três anos, abandonando, aos 22 anos, os bancos escolares por motivos desconhecidos. Decide, então, conviver com os exilados políticos do segundo Império na Ilha de Jersey, provavelmente para ter a oportunidade de conviver com seu grande ídolo, Victor Hugo. Lá conhece Adolphe Pelleport, cuja avó, Virgine Faure, muito culta, havia sido ligada ao ocultista Fabre d’Olivet. É então que Saint-Yves passa a estudar toda a obra deste e de outros autores clássicos, formando uma base cultural que muito lhe seria útil mais tarde.
Com a deflagração da guerra de 1870, Saint-Yves volta à França e conhece a Comuna de Paris, que iria marcá-lo profundamente e conduzi-l