Por que o pão sempre cai com a manteiga para baixo

Por que você pega sempre o caminho errado, muitas e muitas vezes? Por que a música que você mais odeia é aquela que não consegue tirar da cabeça? Por que, quando perde alguma coisa, você vai procurá-la sempre no mesmo lugar? E por que ela aparece ali de repente, depois da quarta ou quinta vez que você olhou? Você certamente já ouviu falar na lei de Murphy. Aquela que diz que se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará. São tantas as situações em que o insondável parece estar contra nós que mesmo quem nunca ouviu falar de Murphy com certeza já vivenciou os efeitos dessas irritantes frustrações de todo dia.Há quem acredite que apenas o lado negativo da lei das probabilidades esteja em jogo. Richard Robinson prefere enxergar tais fenômen os à luz da ciência e da psicologia. Para ele, entender como funcionam as leis de Murphy - formuladas originalmente por técnicos que trabalhavam em testes de acidente na Base da Força Aérea Edwards, na Califórnia, em 1949 - ajuda a compreender melhor o funcionamento do cérebro humano. Programada para responder a situações bem mais simples com que se deparavam nossos ta-ta-ta-ta-ta-ta-taravós da Idade da Pedra, hoje, nossa mente precisa lidar com a cacofonia da vida moderna, múltiplos estímulos, informações e sensações cada vez mais complexas. Uma defasagem que se torna nítida a cada um dos 80 fracassos cotidianos examinados por Robinson ao longo deste livro e que, no texto do autor, ganha um agradável caráter de revanche: ainda que a ordem natural das coisas conspire contra nossa paz, não precisamos nos render.Com argumentos que percorrem ciência, tecnologia e comportamento, neste livro, Robinson explica: o mundo evoluiu mais nos últimos quatro mil anos do que o cérebro humano pode aco mpanhar, e é nesse descompasso que as leis de Murphy atropelam nossa vida. Por que o pão sempre cai com a manteiga para baixo devassa os acidentes cotidianos e mostra um novo - e bem-humorado - entendimento desses fenômenos, para dessa forma ficar al erta, saber os porquês disso tudo...