O ponto de partida para a ação e a reflexão sobre a arte de ator de L. O. Burnier foi a necessidade de desautomatizar o corpo, tão facilmente formalizado e formatado pelas convenções. Assim haveria dois ganhos: a preparação de um corpo desimpedido d e movimentos mecânicos, por um lado, e a sua dinamização, condição sine qua non para a expressão plena. Esta não dependeria de imitação, mas da descoberta de ações físicas surgidas a partir da liberação de voz, inserida no corpo, em suas diversas par tes, e da capacidade de que efetivamente cada parte do corpo conseguisse “falar”. O eixo básico foi o exercício para a expressão livre das diferentes partes do corpo, com intensidade e ao mesmo tempo sem esforço notável em cena. A dinamização das en ergias seria tarefa a acompanhar cada ator até o fim de sua carreira. Pensando mais no corpo do ator e na sua organicidade, Burnier procurou um fluxo de vida, uma corrente quase biológica de impulsos que dirigissem a ação do corpo: uma reação primári a e primitiva, não filtrada pela razão. Na linha dos pensadores que mais despontam em nossos dias, Burnier reconheceu que o ator “é um intermediário, alguém que está entre. No caso do teatro ele está entre a personagem e o espectador, entre algo que é ficção e alguém real e material”.
Código: |
9788526808461 |
EAN: |
9788526808461 |
Peso (kg): |
1,000 |
Altura (cm): |
28,00 |
Largura (cm): |
21,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Especificação |
Autor |
Otávio, Burnier |
Editora |
UNICAMP |
Ano Edição |
2009 |
Número Edição |
2 |