Em meio à crise da Covid-19, uma ampla gama de pessoas de múltiplas origens, gêneros, raças, etnias e nacionalidades foram convidadas a refletir sobre nosso futuro comum. Respondendo à pergunta O que será diferente amanhã?, profissionais das artes, a rquitetura, literatura, jornalismo, cinema, sociologia, psicologia, saúde, economia, direito, política, ativismo climático e muitos mais compartilharam os seus pensamentos sobre o amanhã pós-pandemia. Em meio a reflexões, lembranças, sonhos, conversa s e fotografias, o livro retrata pensamentos compilados entre 2020 e 2022, construindo assim um panorama sobre as formas como lidamos com a crise. Alguns elaboraram sobre o futuro que achavam necessário, outros sobre o futuro que queriam, e outros ai nda sobre o futuro que achavam inevitável. Esta obra é o resultado instintivo do combate à inércia e sensação de descrença que começava a pesar sobre todos com as tragédias acumuladas dia após dia na pandemia. Desde o início, os esforços que geraram esse livro foram reflexos de uma certeza de que, como uma sociedade global, só sairíamos melhor deste desafio se, para além das ações imediatas de remediação, também olhássemos para nosso futuro, mobilizando as pessoas em torno de uma causa comum. N ão apenas agindo através do fazer, mas igualmente através do pensar, as vozes aqui reunidas são um símbolo de nossa capacidade coletiva de imaginar o que o amanhã pode trazer. São 200 reflexões que se apresentam de formas diversas, desde pensamentos sucintos até narrativas extensas, de ensaios visuais a entrevistas. Entre os convidados, encontram-se Rosiska Darcy de Oliveira, Zuenir Ventura, Carlos Saldanha, Anna Maria Moog Rodrigues, Carlos Nobre, Dado Villa-Lobos, Helena Singer, Fernando Henri que Cardoso, Isaac Karabtchevsky, Kátia Bandeira de Mello Gerlach, Murilo Ferreira, Ney Latorraca, Philip Yang, Bruno Carvalho, Sidney Chalhoub, Ascânio Seleme, Adalberto Neto, Ana Fontes, Guilherme Wisnik, Lara Coutinho, Paula Braun, Tábata Amaral, Takumã Kuikuro, e Tamara Klink. As entrevistas trazem ideias de oito renomados pensadores internacionais para os quais a pandemia havia se tornado um impulso extra para expandir suas práticas em torno dos direitos sociais, políticos e ambientais. Sã o conversas que tratam de questões relativas ao acesso universal à moradia (Carmen Silva, líder comunitária no Brasil), ao papel da arquitetura na criação de cidades acessíveis e igualitárias (Adele Santos, arquiteta sul-africana), à defesa dos terr