• Alameda Santos

Alameda Santos

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  Alameda Santos é um livro que nasceu para ser ouvido. Na semana entre o Natal e o ano novo (época propícia para balanços, planos, retrospectivas e depressões), enquanto a filha passa férias com o pai, uma mulher de trinta e poucos anos, desqui tada, senta-se diante do gravador e narra para si mesma os principais acontecimentos que viveu durante o ano, ritual que ela repete de 1984 a 1992. “Quer solidão maior do que passar a tarde falando num gravador pra ouvir a própria voz?”.   Mas o que pode parecer excessivamente dramático ganha contornos  tragicômicos não só porque enquanto grava, a personagem vai se encharcando de vinho, cerveja ou vodca, como pela habilidade de Ivana Arruda Leite em nos fazer rir das piores desgraças. & #160 Assim como nos seus contos, este romance é cheio de situações que, na pena de qualquer outro autor, arrancariam lágrimas mas descritas com seu humor autocorrosivo tornam-se hilárias e absurdas. Embora este não seja um livro bem humorado, o humo r é um elemento constitutivo e indissociável da escrita de Ivana Arruda Leite, que é engraçada sem querer. Suas mulheres são patéticas, ridículas, carentes, solitárias, mas sem um pingo de autopiedade. Sabem rir de si próprias, perdoarem-se e seguir em frente. Desta vez não é diferente.   Em Alameda Santos, além da paixão exagerada à la Cazuza (pra citar alguém com quem a protagonista se identifica), das brigas com o ex-marido, das rejeições amorosas, da tumultuada paixão que vive por um ho mem casado, da vontade ininterrupta de se atirar do oitavo andar e morrer esborrachada na Alameda Santos, Ivana também nos oferece uma deliciosa viagem ao final dos anos 80, quando a AIDS ainda não era o que veio a ser e o sexo era celebrado com fren esi: “naquela época ninguém voltava sozinho do Bexiga”. Temos aqui um retrato em cores ácidas do Brasil que lotava praças na esperança das Diretas Já e celebrava o sol da democracia raiando no horizonte. Época em que o karaokê e o vídeo cassete virar am manias nacionais e ninguém perdia um capítulo de Pantanal. A história termina em 92, quando a AIDS ceifava vidas aos borbotões e o Brasil se comovia com o assassinato de Daniela Perez. Tempos de hiperinflação e presidente deposto.   A autora jura que estas fitas existem de fato e que os acontecimentos aqui narrados são todos verdadeiros. Mas como confiar se, em seguida, ela adverte: “não acreditem no que eu digo aqui”?   IVANA ARRUDA LEITE nasceu em Araçatuba, e é mestra em Sociolog

Código: 9788573213133
EAN: 9788573213133
Peso (kg): 0,000
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 0,90
Especificação
Autor Leite, Ivana Arruda
Editora ILUMINURAS
Ano Edição 2000
Número Edição 1

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